(Sonhei)
Que as mãos das pétalas eram mais suaves que ódio
Que a luz do luar tímido era um balanço para os anjos
inocentes
Que as flores não temem desabrochar em sepulcros
Que as estrelas não morrem de medo da matéria escura
A charneca sustenta o lírio e agasalha a rosa
O aroma do mel silvestre sustenta as cores do arco celeste
Que mais do que perdão precisamos amar depois de perdoar
Que o carinho é o sustento que fortalece a alma da criança
O ouro polido não aquece as chamas de uma felicidade ferida
Os que vivem depois do parto precisam ser alimentados pelo
amor
Entre as acácias ouço o sopro da brisa norte
Com o coração cheio de amor, sorrindo, posso encantar o
mundo
O que diria mais?
Fui erguida nas campinas verdes dos meus choros
Que as bonecas silenciosas testemunhem de minha pureza
Como a Andrômeda distante ilumina meus sorrisos
Então fui ceifada como a erva pura e pisada por um soldado
de mármore
Nos tentáculos do acido frio fui retorcida como aço sem alma
E depois de sonhar
(Não sobrevivi)
Clavio J. Jacinto
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