terça-feira, 2 de outubro de 2018
Niilismo
Niilismo
Que sentido tem a vida (?) , pergunta o louco
Na grama do espirito da relva, assolado grita
Desespero que vive osculando a melancolia
Nas tardes chuvosas de uma primavera fria
No ai de muitas dores colecionáveis
Por vias de aflições portáteis
Nos cais dos gemidos e bussolas quebradas
Sem direção assola o porto a escolta armada
De papeis toscos paredes mimadas
Os rubis quebrados na bucólica calçada
Tapetes persas tingidos de noites sem estrelas
Que ressalvas fazem as sinfonias mais belas
No campo os pirilampos perdidos a esmo
Tudo sem nós o vácuo em vós mesmos
A plebe que em revoadas no mar da angustia
Perece entre cassinos de azares a vida.
Quem boicota a sabedoria tão triste (?)
Quem não sabe agora nem porque existe (?)
Que chora e mais chora a toda dó
Como versos polidos na pedra e na mó
Achaste a doidura nessa enfase do nada (?)
Nas estancias das lagrimas, naus aparelhadas
Como penas flutuantes que o vento carrega
Do finado a língua que o céu da boca se apega
Que tristeza real e alegria fictícia
Dos artifícios de fogos e lampejos falidos
A vida se escoa pelas mãos do tempo
Sem direção, sem causa, sem proposito e sentido
Que do orbe escuros fundiu a esperança
Como odre de vinho nas semelhanças
Uma bela luz que floresce e alumia
Na tumba da vida, austero raiar luzia
Os sonhos flutuantes abriram a janela
Do lado de lá a paisagem agreste mais bela
Na poesia do luar e o sertão de montanhas
Ouvi o consolo de um ancião de cocoras
Que dizia em sacos de silícios e perfumes
O céu da manhã e o esplendor do lume
Que a vida tem sentido quando amamos
E ao seio do labor do amor retornamos
Clavio J. Jacinto
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