Ilusões coloridas se transformam em luzes
Poções borbulhantes em bolhas de emoções
A loucura amordaça a alma em grilhões
Como ébrios sem ruas, foragidos da noite escura
Do céu da mente miragens fabulas mirabolantes
Concorrem a vasta algema e o pó do cheiro da morte
Gangorras de gelos e doçuras das mais nuas ilusões
Um oceano de falsa doçura e caudalosas decepções
No mundo dos neurônios em colapsos frugais
A fabula nociva de vão prazeres sem teto e chão
Flutuantes imagens e
o desterro das cores fractais
Na boca que traga alma aos vales medonhos e abissais
Dos mirantes portal da loucura o gás da lua se dissipa
Mercúrio fosforescente nas favelas da mentira
Onde desabrocham inteiras estrelas caídas das mãos
A psicodélica guerra do engano na foz de destruições
Que deveras tonto e arguto com o cálice do psico-armagedom
Essa é a hora do assombro, o espectro da perturbação
Cai as vaias e risos psicotrópicos de céu sem luzes,
escuridão
Nas paragens sombrias da escravidão e suas matizes da assombração
Reverbera teus “ais” nesses universos caídos sem a
consolação
Porta do Hades e abertura que saiu o sinistro Aiwass
Corsários em nuvens e algemas das funestas dores
Porta do vicio da vergonha e todos cruéis dissabores
Todo o cárcere desse cosmos se desaba em dores
No apagar das fantasias essa má e terrível entropia
Do céu da boca infesta o efeito da violenta loucura
Nessa senda fúnebre a lapide que traga é mais dura
Do vicio que arruína a lama na profunda ilusão
Sem juízo e perdido, pobre alma, meu Deus! Viveu em vão
Clavio J. Jacinto
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