Das colinas de Ettesberg ouviu-se um grito e estrondo
Tão medonho quanto a lama assustada na panaceia
Um reduto de gemidos sombrios e devassa gargalhada
De medos e opróbrios de uma alma descongelada
As fossas de um kamikaze em pó de carbono morto
Nas retortas de um pobre mendigo que rasteja no vento
Entre fosseis de amor morto que jazem no relento
Que os odres da tortura e violência cravam na carne alheia
Quando o sol perdura em nuvens de tempestade
No apogeu de uma fêmea que assombra por tanta maldades
Eis que de sinistras vozes ecoa o vil e atroz pulsar
De quem suga a vida para escoá-las nos charcos do absinto
Da eira seca das
dores a palha mais se incendeia
De vassouras intrépidas e cães famintos que devoram areia
Um riso sarcástico pela famigerada dor inflama
Uma rosa negra que desabrocha na crueldade humana
Ai todos esses
infantes nos montes, que mais choram
Que laboram na manutenção das espadas afiadas e ingratas
Na forja de um desespero que distribui os camaradas
Desses insólitos, em
dureza fúnebre que não sentem nada
Não clama e por si a foz de gritos tanto que agonizam
Em mãos de bruxa infame no despertar maligno
Sai em busca de sarcasmos no âmago do mais real terror
Assim nasceu de pérfida mulher, a penada alma do pavor.
C. J. Jacinto
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