Quando a aurora da esperança se foi
Em arrozais e águas das montanhas fugi
Pois é tenebroso o caminho dos vales
Nas salivas de um bárbaro me assustei
Quão medonhas são essas torturas
Do asco do ódio a raiva ressuscitada
Dantescas feridas da alma o clamor
Fendas na carne que do caliginoso flagelo
Perde-se nos antros a despedida do belo
Das arestas da vida oh quanto pânico
Dos ferozes açoites de um brado tirânico
Do Laogai o pavor em voraz padecimento
Repugnante campo de hedionda calamidade
O confisco do bem dessa humanidade
O semblante do padecido nas amarras feiúras
Do céu clama o orvalho da brandura
Mas que dessa plebe destruída nos açoites
Que das malignas garras dessa avessa noite
Homens gritam na penúria agonizante
Os camaradas injetam a flama atroz constante
Das forças das trevas e das canduras minada
Que explode nessa raça adestra no chicote vil
Que dos braços de ferro de tantas camaradas
Refaz-se mil sombras a nenhuma compaixão
Da fantasmagórica ira e o abominável fanatismo
Sai das prisões e campos de concentração
Pra semear nas paginas dessa historia
Que o homem é por fora, o que guarda no coração
CJJ
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