Aberto o caminho de ferrolhos flutuantes
Como espada orgulhosa cortando laminas de águas
Sustentando a lapide de todos os orgulhos e prazeres
Um navio de sinfonias de naufrágios vivos
Num vasto caminho de áspides de ondas
No pomposo dançar dos parafusos retorcidos
Nas engrenagens submersa e cantarolar dos motores
Homens zarpam e cantam o espanta gelos
Beja a proa a pedra de risos congelados
Os "ais" e a ferida que sangra orgulho do casco
Quebram-se as lupas que distorce a visão
Entre sombras e fagulhas, o réu prodigo navio
Abriu-se o portal da noite fantasmagorica
O aprisco do pesadelo é um sonho mais vivo
Assim num mergulho no sepulcro mais fundo
O mar mata a fome e o desastre mata as almas
CLAVIO J. JACINTO
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