Que consolos tens?
Se andas sem rumo certo
Sendo levado por ideias alheias
As pedras das incertezas te atingem
Ferem a tua pobre alma
Oh que aflições existencialistas
Tua alma vaza no tempo
Como nevoa em temporais violentos
As chagas da incredulidade
Te devoram
Quem dera-me te dizer
Que no nada não ha verdade
Que o jardim das mentiras é um engano
Que a flor das paixões humana é uma flama fátua
Uma agonia silenciosa que crepita no coração
Entorpecendo as petálas
Como arvore seca em pântano de temporais
Que consolo tens?
As dores da vida são febres hilarias
Que zombam de teus sustos e não acodem
Teu delicioso medo de fel sem roupas
Como as mais ferozes sombras que devoram a noite
Tua alma canta a embrumação do tempo perdido
Como a lua tristonha que iluminou os passos de judas
Para onde vais em tamanha discórdia
Quando vires um tanto
Para acreditar nas margens do nada
Quando em volúpias de duvidas
Tua alma se embriaga
Sem um tostão pra pagar as festas noturnas
Ah meu amigo!
Que consolo tens?
Quando os navios mercantes da tua alma
Naufragarem na lama da ideologia voraz
teu risos em prantos se entrelaçam
Como as estrelas cadentes
Embriagadas com o desastre
Beijam as chuvas e as hostes insondáveis
Te tantos relâmpagos que fogem da aurora
Descampam no véu sepulcral das duvidas
Assim parte da vida toda a alma sem Deus
Que consolo tens?....
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