Ouço um grito na escuridão da folia
Amargas têmporas de tão vãs alegrias
A fuga dos presságios em tormentas
Como as nevoas das noites mais frias
Os rastros do pecado é fogo devorador
Nas ruas um truvelinho e ondas de vaidade
Pedintes mendigando a felicidade
Como se as quartas queimassem a iniquidade
Pulam nas ondas desse mar agitado
As espumas de sorrisos tão voláteis
As armas da ilusão em fogos de artificios
Tu dizes: Que tenho eu a ver com isso?
Brada contra o engano e em pia oração
Aos céus brada, levanta as tuas mãos
Choras por todas as almas algemadas
Que na folia recolhem os pedaços da vida
Que sem um jardim onde reunir a esperança
Em fétido curso exaurem todas ansias
Porque se escuro é o sentido deles, o existir
Não tem pobres almas perdidas,para onde ir
Se em meio ao obscuro tempo a vida jaz
Aqueles que procuram uma doce paz
Aonde puderes grita bem alto, para tais
Pois Cristo perdoa e transforma o pecador.
Clavio J. Jacinto
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