ECO DE TODAS AS FARTURAS
Olhei para dentro de mim
Alma tranquila em ventos silvestres
Brisa de mar oriental
Brilho de estrela polar
Olhei e me assustei
Porque meu vasto coração
Outrora território desocupado
Foi rasgado por navalhas moveis
Arados que recortam o centro dos sonhos
Ali chorei por tantas feridas
Aflito por ver mãos de nuvens celestes
Que percorria minha dor em fuga
Mãos brancas e cheias de sementes
Espalhavam como alvas torrentes
Sobre toda a minha interna vastidão
A minha dor de rosto de tormento
Mais se inclina nesse choro e sofimento
Sobre as sementes tanto chorava
Minhas lagrimas o chão da alma regava
As dores como um parto de estações
No berço das amarguras sinceras
Uma cais de cores e perfumes
Nasceu dentro de mim
Vastidão de todas as primaveras.
Clavio J. Jacinto
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