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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

ECO DE TODAS AS FARTURAS

ECO DE TODAS AS FARTURAS

Olhei para dentro de mim
Alma tranquila em ventos silvestres
Brisa de mar oriental
Brilho de estrela polar
Olhei e me assustei
Porque meu vasto coração
Outrora território desocupado
Foi rasgado por navalhas moveis
Arados que recortam o centro dos sonhos
Ali chorei por tantas feridas
Aflito por ver mãos de nuvens celestes
Que percorria minha dor em fuga
Mãos brancas e cheias de sementes
Espalhavam como alvas torrentes
Sobre toda a minha interna vastidão
A minha dor de rosto de tormento
Mais se inclina nesse choro e sofimento
Sobre as sementes tanto chorava
Minhas lagrimas o chão da alma regava
As dores como um parto de estações
No berço das amarguras sinceras
Uma cais de cores e perfumes
Nasceu dentro de mim
Vastidão de todas as primaveras.

Clavio J. Jacinto

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