Tens alma linda da mais pura criança
Grito dos gritos risos de todos os sorrisos
Ancora da esperança nessas ondas de ira
Em meio ao charco lacrimal dessa estação de caídos
Mãos consoladoras, que acariciam com paciência
Os ferimentos que tentam
tornar a vida escura
Aos outros, uma entrega de sacro amor
Como se fosse o brinquedo mais precioso de afetos
Num cântico onde todos os beijos adormecem
Numa guerra em que o amor nunca perde
A marcha triunfante da vida no ímpeto da caridade
É amar cada próximo como amamos a nós mesmos
Teus passos, a entrega de
um destino para o amor
Eternizado pelo sacrifício mais intimo da compaixão
Num mundo narcisista em extremo
O martírio é ser a esperança de quem vive e morre
Como o trigo inclina-se ao sagrado pó padecente
Para dar no quebrar de suas estruturas, o doce pão
As ações tecem as vestes do tão precioso destino
Os sacrifícios de amor santificam as mais nobres ações
Quando todos correm da vida e suas batalhas sangrentas
Muitos outros abraçam as aflições porque amam demais
Assim teus atos não se
escoaram para o submundo do nada
Pelo amor
consagrastes o propósito da vida,
em doce coragem
CLAVIO J. JACINTO