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quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Montanhas do Norte


As montanhas guardam segredos profundos
Atrás das névoas, a minha alma também se esconde
Como pirilampo buscando a relva verde da noite
As campinas distantes são os pilares do mundo


As chamas das estrelas alumiam a estrada da lua
Essa que conduz para as partes remotas da terra
Com as asas de borboletas antigas, sobrevoam
A poeira que escala as subidas íngremes da rua

Quem decifra a noite e seus romances estelares
Ou das águas do azul ergue os palácios de anil
Pois do caudaloso brado das profundezas do rio
Ergue alem pobre alma ferida por seus entre altares

Quando enfim o sino da morte bate mais forte
Nas neves que as chagas do inverno semeia
O fogo das tristezas despede da pena que incendeia
Abre-se lá no outo lado, a estação do norte.

Clavio J. Jacinto

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