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quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

DEZ PENSAMENTOS E UM POEMA

 

 

 


DEZ PENSAMENTOS E UM POEMA

 

 

 

Sejamos humildes na escolha entre dois caminhos dificeis, pois encontraremos duas coragens, uma para reconhecer nossas limitações e outra para pedir a ajuda que precisamos.

 

 

Lições da Vida

 

Por mais difícil que seja uma situação, nosso temor não deve ser maior do que a nossa fé e a nossa angústia não pode ser maior do que nossa esperança.

 

Uma conquista é o fruto da perseverança, não é obra do acaso pois a vida exige muito esforço de quem deseja vencer.

 

O amor deve ser uma luz perene em um mundo obscurecido pela frieza de tantas discórdias.

 

Não sejamos demasiadamente pessimistas ou otimistas, mas tão somente realistas.

Devemos dar o melhor de nós mesmos em tudo o que estamos dispostos a realizar para amenizar o sofrimento alheio

 

C J Jacinto

 

 

 

Lições Que a Vida Ensinou

 

Um homem não deve satisfação para quem ele não deve nada

 

Um homem sensato e prudente não se mete na vida alheia para saber de assuntos que não é de sua competência

 

Se não podes resolver um problema alheio não agrave a situação complicado mais com a sua intromissão incompetente

 

A vida não é um paraíso cheio de anjos é um mundo cheio de pessoas problemáticas.

 

Todos nós temos problemas em demasia, aquele que não alivia a nossa carga psicológica conseqüente desse fato, torna-se irrelevante para uma amizade.

 

Não são só nossas escolhas que tem conseqüências, nossas omissões e indiferenças também têm.

 

Se envelhecermos sem amadurecer em caráter e virtudes, estamos já mortos para a vida.

 

C J Jacinto

 

Sonidos da rua 37

 

Era tarde naquele tempo passado

Nas tardes de um verão chuvoso

No fim da rua revestida de poeira

Onde a lua chorava uma noite inteira

 

As pedras nos percalços banidos

Criança pobre que sonhava alto

Tão alto que o coração inocente

Encontrava um abrigo nas estrelas

 

Colecionava os arbusto as frutas

Que ninguem ousava mastigar

Eram donzelas na beira do caminho

Orquestrando um jardim humilde

 

E nas colunas da solidão que postulava

Nas vigarices dos trovões assustados

Ouviam-se gritos ocos acumulados

De crianças rebeldes contra a realidade

 

Entre bolhas flutuantes de detergentes

Botijas transbordavam de agua fresca

Afrescos rarefeito de ilusões infantis

Elefantes sem orelhas rabiscadas

 

Estava eu mesmo perdido nesse achado

No labirinto de uma rua acima dos trinta

No absinto absoluto das inquietações

Quando ainda chorava o surto dos sonhos

 

 

 

Assim despontando quais sóis cheios

Nas vertentes de meus anseios agonizantes

Na bravura de viver pra frente do espelho

Cada momento no faz de conta de instantes.

 

C. J. Jacinto

 

 

 

 

 

 

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Temporais

 


Temporais

 

 

Entrego-me aos distúrbios das nuvens

Nas remotas águas torrenciais

Frutos de meus olhos insalubres

Os ventos calamitosos nesses lábios cais

 

Onde repousam esconderijos de beijos

Pesares remetidos em agridoces saudades

Num relâmpago amistoso de meus desejos

Num lapso de meus acenos e insanidades

 

A vida depois da meia noite dantesca

Das épicas trovoadas de sapientes choros

Nas agruras partes do ser despedaçado

Pele por pele osso por osso duradouro

 

Como que revestido de estelar imortalidade

Que brilhantes pedras incrustadas no céu

Onde os olhos antigos irrigaram visões

Pois os medos também destilam sonhos

 

Raios acendem mil arco-íres entre nuvens

Num lapso de memoriais de mármore tumular

Por onde estrondos ruem a rua sangrenta

De minha alma ferida estendida no luar

 

sábado, 18 de dezembro de 2021

Via Láctea

 

 

 

 


 

 

 

 

 

Tomei a vista grega

Naufrágio dos olhos ás alturas

Como o harpista no deserto

Que vislumbrava as cores sacras

Nas nuances lácteas de um fluido

Onde o coração repousa sedento

Estrelas brilhantes

Luminárias incandescentes

A via branca véu leitoso

Caminhos infinitos no silencio

Casulo interior onde fluem pensamentos

Como as rédeas da alma perdida

Entre os ritmos das constelações

Galáxias aspirais e suas vibrações

O pulsar de todas as luzes

No limiar de veredas em artérias

Universo contendo toda a matéria

Vão meus olhos até a longitude

Por meus conselhos de finitude

Assim mesmo na noite escura

Onde cai dos olhos a vestidura

Ali cai a indiferença

O céu é uma grande presença

Um vasto oceano de luz e pó

E na viagem adentro madrugada

As luzes da cidade apagadas

Tão escuro, mas não estou só...

 

Clavio J. Jacinto

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cativo do medo da vida

Triste pensar solitário

Homem vago

Cárcere em todas as horas

Vai à alegria embora

Pensativo

O passar do tempo

A alma do pó

As dores de Ló

Nossas lutas

Homem da civilização

Caídos na escuridão

A sombra do mundo

Vale da sombra da morte

Ali uma luz brilhou

Na turva curva do destino

Em severa miséria

Lâmpada celestial

Brilha na triste condição

É Cristo Jesus

Dando-nos bendita salvação

 

 

 A palavra para "nu" aqui é arom, que é traduzida literalmente

"nu" ou "nu". Mas a mesma palavra é usada em Gênesis 3: 1, onde lemos: "Agora a serpente

era mais sutil do que qualquer animal do campo. "A palavra para" sutil "aqui também é arum. que significa

"astuto, astuto, prudente." Eles são a mesma palavra. O significado literal da raiz é na verdade

"lisa" ou "escorregadia", como na pele macia ou escorregadia - ou seja, "nua". Uma pessoa "sutil" é considerada

"liso" ou "liso", como em "Slick Willy", o apelido de uma pessoa famosa hoje. Há

obviamente um "jogo de palavras", aqui, na língua hebraica. Eva mais tarde admite que "a serpente

enganou- me "(Gênesis 3:13 ). A palavra hebraica é nasha, que significa" desencaminhar, iludir,

seduzir. "Diz o Gesenius Hebrew-Chaldee Lexicon ", para levar ao erro, para fazer com que se extravie,

seduzir, corromper. "Paulo no Novo Testamento fala desse estranho encontro", a serpente

enganou Eva com sua sutileza "(II Cor.11: 3). A palavra para" enganou "aqui é exapatão

que significa "seduzir totalmente"

 

 

 

 

OFICIO DOS OSSOS

 

Oficio dos Ossos

 


 

Firmo meus passos pelos ossos

O fêmur mantém sua importância

Nas mãos punho e da posse suprema

Agarro-me ao lume segurança

O esqueleto que sustenta a carne

O crânio meu nariz alma do olfato

Que encerra nesse fim a essência

Magnésio cálcio e fosfato

O crânio que guarda a mente

Os olhos e a minha louca vergonha

Que mantém a pele enrugada

A  humilde face tristonha

Nas pálpebras e o tórax calcário

Na náusea e no sangue que produz

Das folhas costelas de Adão

Caixa torácica que protege

As batidas mais fortes do meu coração

Que quando mais receio firmeza

Como as portas encerram às mãos

De um osso pequeno do lado

Quando se abriu uma janela em Adão

Que outrora veio do veio da poeira

Na sabia posse de grande missão

Receber de si mesmo companheira

Para ajudar-lhe a vida inteira

A natureza dos ossos dos dois

Caminharem seguros na vida

Abraçados numa só via andar

Do sacro, lombares  e cintura escapular

E então quando morrerem depois

Os ossos que restarem sem cabelos

Os estribos não ouvirem anelos

Repousam num sepulcro no chão

Cada osso seco contado na nevoa

Dormindo repousando na escuridão

Mas dissolvidos na terra dos prados

Aguardam em silencio a ressurreição.

 

 

Clavio J. Jacinto

domingo, 12 de dezembro de 2021

Libertando Virtudes

 


Assim como uma flor pisoteada libera perfume para as circunstancias do esmagamento, assim também nossos corações devem liberar perdão, gratidão e compaixão, quando a alma for ferida por seres inferiores, que presas ao egoísmo terrenal, impõem a violência contra nós. O cálice de nossas vidas deve transbordar como resposta a todo o ato desumano.

 

Clavio J. Jacinto

Cativo

 


Cativo do medo da vida

Triste pensar solitário

Homem vago

Cárcere em todas as horas

Vai à alegria embora

Pensativo

O passar do tempo

A alma do pó

As dores de Ló

Nossas lutas

Homem da civilização

Caídos na escuridão

A sombra do mundo

Vale da sombra da morte

Ali uma luz brilhou

Na turva curva do destino

Em severa miséria

Lâmpada celestial

Brilha na triste condição

É Cristo Jesus

Dando-nos bendita salvação




Clavio J. Jacinto

 

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Maturidade

 


É preciso dissipar as sombras de nossa ignorância para contemplar com profundidade o sentido de todas as coisas a nossa volta


As névoas e as sombras de nosso ego impedem a percepção da grandeza daquelas coisas com molduras de simplicidade


O silêncio é um oceano profundo e ao mergulharmos nele percebemos que ali estão escondidas as mais preciosas  pérolas de inspiração


Clavio J Jacinto

Calice

 


Assim como uma flor pisoteada libera perfume para as circunstancias do esmagamento, assim também nossos corações devem liberar perdão, gratidão e compaixão, quando a alma for ferida por seres inferiores, que presas ao egoísmo terrenal, impõem a violência contra nós. O cálice de nossas vidas deve transbordar como resposta a todo o ato desumano.

 

Clavio J. Jacinto

Celestial


Elevamos nossa esperança

Para as alturas

Para que a semente seja fecundada

Nos mais sublimes lugares celestiais


C. J. Jacinto

Aflito




Se a vida por acaso

Fizer sulcos de aflições

Em vossa alma

Esse será o tempo oportuno

De semear a virtude da paciencia


Clavio J. Jacinto

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Caminho das Estrelas

 


Estrelas  são pérolas brilhantes

Produzidas por dores fortes

Da noturna escuridão

Tudo o que amamos de verdade

Também tocamos com o coração


C J Jacinto








Renascer


 Renasce dentro de nós

Em cada instante

Aquela aurora

Que alumia, revela e fortalece

As cores matinais 

(de) nossas aspirações e esperanças

Sacrificio




O sacrifício da sensibilidade:

A frágil flor

Bela e perfumada

Tem a coragem singela

De desabrochar no tumulo

De um orgulhoso



Clavio J. Jacinto

Via Sonora


 Há caminhos sem destinos

Que se perdem na insensatez

De nossas escolhas

Quase sempre olhar pra traz

Nada mais é do que ver nossas sombras

E chegar no labirinto da escuridão

Que o virar as costas pra luz

Conduz.


Clavio J Jacinto

O Tempo

 


O tempo é como o cume de uma montanha onde nascem o curso dos rios e as estrelas descansam


Sobre o infinito da solidão e do silêncio nascem aquelas virtudes que fortalecem o caráter


C J Jacinto

Amargo Caminho

 


As aflições abrem brechas

Feridas profundas na alma

Córregos avulsos

Que perturbam o fluxo

Da existência


Convulsões trepidantes

Anseios por bálsamos suaves

Quando a prece 

Boa ao trono da graça

A alma ferida recebe consolação


C J Jacinto

O Grito

 


O universo vibra em luzes

O eco primal do Éden infinito

Nuvens oceânicas nas manhãs

Céu tingido de azul cristal

A larva metamorfose = borboleta

As folhas verdes = fotossíntese

Anil suave perfume de ervas

Acústicas sinfonias da floresta

Vêm buscar meu coração

Oh Deus de todas as perfeições

Pois o alarido de minhas dores

Clamam por cicatrizes lapidadas

Pela onipotência de tuas misericórdias.


C J Jacinto

Velho Homem



Aguardo este dia triste de finados

Lembrando o que morreu em mim:

(Velho homem)

Cheio de chagas e odor sórdido


Por ele pobre miserável

Não derramei sequer uma lágrima


Na lápide seca avistei 

A fotografia insólita do morto

Era eu mesmo tristonho

Crucificado com Cristo


C J Jacinto

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Imago



Na noite exterior de todas as dores humanas

O medo é a sombra que emana de nós mesmos

Como criaturas que devoram existencias alheias:

As guerras.

Entre sacorfagos antigos e medos

Por todos os catres e grilhões desumanos

Algebra de cálculos insanos;

O engano

Somos criaturas sem imago?

Nas masmorras dessa existencia fria

Reflete nosso rosto nas lágrimas:

Procuramos uma esperança


Clavio J. Jacinto

sábado, 27 de novembro de 2021

(Implicito)

 


Temo algo licito morrer

De que vivo suspiro, respiro

Um retiro na vida

Viagem translúcida

Incandescente e transcendente

A morte transhumana

Navego na alma que proclama

A dose do vinho vital

Anseios eternos perduram imortais

Nas constelações calmas do alento

Viver o agora fragmento

Do momento

Inquieto e boquiaberto

O viver certo e implícito

Pois não mais vivo eu

Mas vive em mim: Jesus Cristo



C J Jacinto

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Vendavais

 



Vendavais


Estou oco de saudades
Vagando por entes universais
Nas calamidades de sorrisos terminais
Entre as náuseas das alturas estelares
Abrigo de meus ossos e minha carne
Matriz das pálpebras visionárias
Sou homem abrigo de uma alma
Transparente e transcendente
Onde lampejam as lampadas sacras
Tabernaculo no arido orbe
Quem dera-me fosse anjo
Mas como sou apenas um mortal
Rastejo no opróbrio do pó
Nas vias póstumas do escoadouro
Até chegar o fim do gemido da criação
O mundo vindouro


Clavio J. Jacinto

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Pergaminhos de Sonhos

 



Quem dera-me ser poente entre estrelas

Fogo em crepusculos especulativos

Trágicos sonhos enrolados em lençóis úmidos

Tropeiros no vacuo da humildade

No frio do basalto e o cimento

Nas poeiras da molécula do esquecimento

Marmore sangrando vozes pálidas

Eu mesmo nas colunas de talco

Pois meu mundo não é um palco

Nem o estreito de Bering ou o canal de Suez

Apenas verme rastejante da sombra de Jacó

Meu destino é cume degradante pó

E se não se lembrarem de  mim em vida

Que me esqueçam noas tardes

   do "In Memoriam"

domingo, 7 de novembro de 2021

Aflito

 



Sangro a lágrima de minhas inquietações

Derramo amarguras de minhas tristezas

Solitario no solsticio de meus pesares

A estrada desse silencio de ausencias


Arrasto-me nas ruas dos temporais

mas sombras de uma pequenina voz

Entre as correntes e os grilhões do agora

Na angústia forte que não vai embora


Que floresçam os frios sedentos do inverno

Que desabrochem as ataduras da dor

Pois em paz ainda verei as chuvas torrenciais

O jardim verdejante de minha esperança


Nos átrios das chuvas ainda revejo

As glórias antigas de meus imediatos sorrisos

Pois que mais espero com tudo isto?

A vinda triunfante e vencedora de Cristo


Clavio J. Jacinto




Porto Celeste

 



 

Amanheço nas incógnitas de meus prantos

Nas regias lágrimas de aflições

A vida apedreja nossos sonhos

Faz estremecer as catástrofes da sorte

 

Nos percalços dessas ilusões descalças

O refugo do tempo perdido

O salutar pranto de um iludido

Cascalhos impolutos do coração perdido

 

As vaias do vento nas faias

O nevoeiro insólito dos matagais

Ainda estremece minha alma despojada

Nas calamidades cruas e frugais

 

Dos pardos poentes e nostálgicos

Arvoram as tramas de um existir inseguro

E em tudo me rendo ao Senhor

Para encontrar nele: Porto Seguro


Clavio J. Jacinto

sábado, 28 de agosto de 2021

A VOZ POR TRÁS DOS MONTES





Não deixarei meu coração em pedaços
Nem abandonarei minha alma ao frio
As fontes do medo germinam assombros
O véu das sombras lamentam o meu pó
As incertezas da vida cantam pra mim
Mas outra voz ouço, além dos montes

Não temerei o susto noturno que chega
O cálice dessas amarguras que tanto roga
Despojar meu coração das doçuras do amor
O céu retumba sob as vestes áridas
As agruras do manto de dores tenazes
Mas outra voz eu ouço além das campinas

Prostrado no pó de face corada na rua
Como a perola que se parece com a lua
Não deixarei a minha alma presa aos apertos
Aos monturos rebentos de meus desacertos
As incertezas da vida cantam pra mim
Mas ouça a voz de Deus além das montanhas.

C. J. JACINTO