Vendavais
Estou oco de saudades
Vagando por entes universais
Nas calamidades de sorrisos terminais
Entre as náuseas das alturas estelares
Abrigo de meus ossos e minha carne
Matriz das pálpebras visionárias
Sou homem abrigo de uma alma
Transparente e transcendente
Onde lampejam as lampadas sacras
Tabernaculo no arido orbe
Quem dera-me fosse anjo
Mas como sou apenas um mortal
Rastejo no opróbrio do pó
Nas vias póstumas do escoadouro
Até chegar o fim do gemido da criação
O mundo vindouro
Clavio J. Jacinto
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