Temporais
Entrego-me aos distúrbios das
nuvens
Nas remotas águas torrenciais
Frutos de meus olhos
insalubres
Os ventos calamitosos nesses
lábios cais
Onde repousam esconderijos de
beijos
Pesares remetidos em
agridoces saudades
Num relâmpago amistoso de
meus desejos
Num lapso de meus acenos e
insanidades
A vida depois da meia noite
dantesca
Das épicas trovoadas de
sapientes choros
Nas agruras partes do ser
despedaçado
Pele por pele osso por osso
duradouro
Como que revestido de estelar
imortalidade
Que brilhantes pedras
incrustadas no céu
Onde os olhos antigos
irrigaram visões
Pois os medos também destilam
sonhos
Raios acendem mil arco-íres
entre nuvens
Num lapso de memoriais de mármore
tumular
Por onde estrondos ruem a rua
sangrenta
De minha alma ferida
estendida no luar
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