Se as estrelas não caem no meu silencio, mas permanecem brilhando sob
meus olhos, se as flores ainda desabrocham cada manhã e os pássaros cantam até
o entardecer, se as chuvas caem e regam o campo e nutrem a montanha com
aguaceiros, se todas as coisas ensaiam a perpetuidade de um sorriso, então
descansarei nos braços de um olhar, pois o coração jamais se ausenta de um amor
que acalma a alma amargurada.
Depois das coisas mais lindas, estamos abertos para as mais belas,
porque no véu do tempo, o amanhã aguarda coisas melhores, pois quando as flores
balançam com vento, nossa alma se deleita na nobreza do efêmero, porque os lírios
tornam-se imortais quando nosso coração guarda a sua beleza, e os campos que
perpetuam esse olhar singelo da esperança, faz da erva o caminho precioso da
primavera
E como se na fosse tão magnífico quanto a natureza que deixa o espetáculo
das cores, cuja nossas vistas mergulham como num oceano de tantas belezas, a
alma torna-se eterna borboleta, que precisa de uma esteja feita flor mais
linda, para que o coração inspirado por um amor, possa repousar e nutrir-se do néctar
da eternidade.
Tenho que dizer ao algo vento: “sopre sobre mim” leve a minha alma
pelos encantos das coisas mais belas, porque as flores beijam a alma pela
beleza e as estrelas untam a noite com a singeleza de um brilho que insiste em
percorrer pelo tempo do espaço até chegar solitariamente diante de minha face,
não direi que não importância, ainda que num breve olhar
Matizes de uma primavera sempre adormecem no caminho onde as lagrimas
repousam, onde alguém sepultou uma tristeza, poderei eu tirar um grão de
alegria? Pois das plácidas capas do pântano, onde jazem os restos mortais de
tantas rosas, ali mesmo o pulsar de uma semente emerge da lama em direção as
borboletas que ainda rastejam na alma da lagarta.
Como dói minha vida se deixo de andar sobre os escombros das campinas e
nos depósitos de folhas caídas, pois os rubis se escondem na terra, assim como
um homem pode esconder seu breve amor dentro de um coração eterno, mas jamais
pode esconder um amor eterno num coração breve. As chamas do amor não podem
permanecer vivas onde não se acredita na perpetuidade da graça da existência,
tal fogo da respiração só sobrevive com o perfume da gratidão.
Porquanto deixe me ir por entre as laminas dessas folhas de louro, pois
as águas descem na peregrinação das quedas, e debaixo dos tapetes do mundo,
fluem num abraço celeste, não haverá desabrochar de flores nas montanhas se os açoites
das onde as não ferirem as águas, no cais de cada trovão, o eco fere nosso
ouvidos, mas no romper da aurora, a terra está irrigada pelas lagrimas da s
nuvens.
Dorme pobre coração meu, porque o despertar é breve, a rotina nos
transporta de volta para a dormência do cotidiano, quando nosso coração se
perde entre os afazeres do ultimo momento. Só o belo pode despertar a alma adormecida
no descampado das coisas fúteis, mas aguardo a ressurreição de todos os teus
sorrisos.
A brevidade é apenas um elo que pode ser unido á corrente da eternidade
Clavio J. Jacinto
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