Caiu minha vida no chão
Corro por causa dos lobos
Alcateia e as chagas do pó
As águas e respingos caem
Sinto aroma de petrichor
Os meus pedaços singulares
Recuam das ostentações
Sou um com o pó terrestre
Despedaçado entre banalidades
Preciso juntar meus pedaços
Fragmentos de alma de aço
Retorcidos nessas planícies
As fendas do açúcar mascavo
Doçuras dessa ferida vida
Ai, ai, quanta dor invisível
Pois que num colapso de sopros
Um vento colossal
Mistura o açúcar e o sal
Agarram meus pedaços
De de uma alma em estilhaços
Grudando cada parte inerte
Num só ser, eu mesmo
Reconstruído pelas aflições.
Clavio J. Jacinto
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