Em tantas luzes me escondo
Tentando iluminar meu eu
Perdido estou no meu orgulho
Como astro de prata no chão
Quero libertar-me das coisas vãs
Não olhar no vago da insignificância
Já não quero ser centro, nem fortaleza
Quero um abrigo de estrelas cheias
Em tantas esconderijos, me escondo
Como a saudade na lua e seus favos
Meu orgulho me fere com laminas
Mas minha alma insiste em viver assim
Quero libertar-me desses pesadelos
Tocar o coração na luz da humildade
Tornar-se singular para mim mesmo
Na simplicidade do esquecimento
Do esconderijo vou saindo, vagarosos
Sem paixões e sem gulas desenfreadas
Uma coisa só quero ser na vida
Uma gota de chuva que cai no barro seco
A felicidade não consiste em nutrir
Nosso orgulho
A felicidade é fortalecer o caminho
De nossa simplicidade
Clavio J. Jacinto
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