Das montanhas distantes
um porto perene
Singrando navios de
sonhos incendiados
Imaginárias naus de
toda infância inocente
Numa constelação
profunda de todos os sorrisos
Quando o porto do norte
descansa nas nuvens
Almas da madrugada
revestidas de arroios
Aquele repouso de todos
os orvalhos em pétalas
Nos faróis de uma
cadente estrela aos olhos
A boreal aurora de meus olhos brilhando
Ao ver fecunda luz dos
espaços no infinito
Que reluzem em glórias
refulgentes na geada
Sobre as flores das
laranjeiras silenciosas
Que doce é a vida! Numa
infância alada
A alma nostálgica com
seus fardos de saudade
Coração tristonho
orbitando bolinhas de gude
Lábios puros beijando
amoras silvestres
Ao despertar do sonhar
tão acordado
Olhando pra minha
solidão infausta e sagaz
Relembro os tempos épicos
de meu passado
Inconformado, lamento,
não voltam mais.
(Clavio Juvenal Jacinto)
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