Ouço o grito
puro nos decréscimos da decência
A
extremidade do silêncio em todas as ausências
Quem me dera
ser fugitivo dessa assombração
Navegaria no
mar infuso dos batismos das tempestades
Para
encontrar distante, o porto desses perfumes
Quais libélulas
douradas em recintos de primaveras
Nas naus de
meu espírito inquieto e trovejante
Nas
angustias pálidas que congelam a minha mente
Na
polaridade de todos os sonhos inválidos na demência
O terraço
que serpenteia atroz meu desespero
Gritaria as
sombras permissivas na alva plácida
Como relvas
de prados que assolam as tardes
Meu Deus! É
forte o odor desses gritos mais frugais
Que nas
consolidações de meus medos maiores
Mergulham
nos ventos charcos de temporais
Nos códices
de meus prantos foi escrito
Um alaúde de
lembranças do que teria outrora sido
E agora
mesmo nessa ânsia do que já não sou
Apenas
descansa o velho homem nesse jazigo
Pois o novo
que ressurgiu toca as flores do Éden
antigo
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