Desprende da arvore
A semente frágil depois da primavera
Abre os braços ao sopro intenso dos
mares
Brisa marítima a carrega com ímpeto aos
desertos
Mas ela não deseja repousar na areia
febril
Bate os braços e em asas imaginarias e
flutua mais alto
O sopro das águas, ventos tropicais
as levam aos cimos
Entre fendas de pedras bate de rosto
e lapada violenta
Seus dedos agarram a terra das
brechas,
Feridas das pedras
E ali mergulha num sepulcro inseguro
e inóspito
Chega a tempestade mais pavorosa e as
lagrimas das nuvens
Dilaceram a sua dormência e ela
desperta em germinação
Ali mesmo os tentáculos do amor
penetram nas profundezas
Nascerá uma arvore de cume,
A truculência da firmeza mais severa
Depois de guerrear muitas vezes com as
tempestades
Digladia-se com furacões e trovões
até vencê-los,
Vem o nobre artesão das águas bravas
e a corta
Pois ela de madeira nobre
Será o casco que protege o navio
mercante...
Clavio J. Jacinto
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