Quando a tarde adormece com o crocitar dos corvos
As vastas folhas que caíram serão distúrbios lacrimais
Vi a chuva posca e
fria regar a terra de outros finados
Nos beijos de outras frases incrustadas num ermo que jaz
Quem vela por essas sombras que vem chegando?
Num tom cinzento de fumaças em campos secos e banais
Porque da tumba gélida os sonhos grandes repousam
Que anseios lindos replicam que não retornam mais
O que mais se faz na vida e belo sentido tão mais elevado
Nas catapultas que arremessam o espanto mais fugaz
Pois das idas da vida sem sentido ao lugar mais fúnebre
Entranhas e vísceras imaginarias, e do susto da morte se
refaz
Aquela pequena centelha de esperança que se acende
Num relâmpago tão medonho que a fragilidade ribombou
Eis o colapso trêmulo que da futilidade se desprende
Agora vivo intensamente
cada dia a mais que me restou...
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