Treblinka (Desesperationis)
"Senhor, se as nuvens são o estrado dos Teus pés, como
estás perto no dia escuro e nublado!" (Anonimo)
As nuvens escuras desceram nos corações duros
Como ervas sinistras em solo frio e infecundo
As pedras gemem nas entranhas do mundo sem luz
Na sinfonia do medo e o sorriso da infausta morte
Homens fardados adornados de escuridão macabra
Retalham a esperança das crianças fracas
Afogam nas lagrimas os sonhos de virgens inocentes
Oh treblienka! Treblinka!
Tuas naus de sombras naufragaram na história
A vergonha do homem cruel, filhos do próximo pesadelo
Perpetuaram no tempo, a violência cega e inútil
Eu ainda ouço aqueles gemidos da noite medonha
Um fardo de inquietações que roubavam o sono suave
De todos os descampados vinham as almas da amargura
Buscando nos átrios do templo da insensibilidade
As respostas para uma vida de estranhos enigmas
Ali estiveram os homens mais bravos da terra
Mas as famílias
escoaram-se pela túnel da desgraça
Depois do inverno uma
humilde flor nasceu
Pra tentar adornar com perfume a crueldade humana
Em homenagem as vitimas do campo de concentração de
Treblinka, Polonia, na segunda guerra mundial
Clavio J. Jacinto
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