No choro infantil, vi as vozes mais puras
No mundo que renasce das ruínas da dor
Crianças exploradas como fantoches do prazer
Quando o homem afoga-se na paixão injusta
Nos clamores mais sórdidos perdidos na inocência
Nas ruas contaminadas das ulceras sem dó
Esmagam os sentimentos com os pés, as flores
Nos lamentos íntimos de crianças manchada de dores
No secreto do sofrimento, o “ai” do coração ferido
Mas noites tão sombrias, nos mais vis perjuros
Como ervas de recanto, assolada por vendavais
Infantes puros, escondidas nas sombras do susto
Percorrem tristonhas crianças, tragadas na alma aflita
Em almas congeladas, que cortam a essência da pureza
Num mar de falsos mares e ilhas de desordens
A face do homem duro, cadáver que entrona a vileza
Num frasco de núpcias infames, o tosco nefasto
O deslizar das negras paixões e desejos poluídos
Crianças adormecem no leito do sofrer silencioso
A marcha desferida no
centro do coração ferido
Poema em memória as crianças vitimas de pedofilia
Autor : Clavio J. Jacinto
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