As ervas florescem nas verdes campinas
Se escondem nas sombras da tarde e nos prados
Desabrocham em alegrias, nas manhãs de outono
Na silenciosa aurora e no canto dos sabiás
As chuvas consolam a solidão delas
Flores tão lindas, pequenas almas de perfume
Guardiãs de todos os segredos da primavera
Das verdes folhas. Vejo o tom das tulipas amarelas
E eu sentado em uma pedra solitária
Coluna e altar de minhas campestres reflex~]oes
Vendo as montanhas sonhadoras do entardecer
Nas tendas de arbustos e paisagens de verão
Com a alma terna sacudida por vendavais
Vou eu, águia da terra, murmurio dos bambuzais
Com impeto de espera, ver as as chuvas lapidadas
Com o sol tingido pra
cada nuvem ficar dourada
Sou parte da alma da relva, num campo de coração florido
Que nas bucólicas noites de inverno, tinha minha mó partido
A alma dos aromas da terra macia que abraça meus pés
O amago do momento nas sobras do tempo, a solidão
(Vou embora, do campo
das ervas ao cais da vida. Pois debaixo de meus pés, partindo eu, deixo as folhas feridas.)
Clavio J. Jacinto
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