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terça-feira, 15 de março de 2016

Eterno Amor



Ontem foi um tempo derramado
Como aguaceiro em tarde de verão
Nós cultivamos na tarde da vida
Esse amor tão raro
Especie de sentimento em extinção no mundo
É bom sentir um nó no coração
Enxergar o obvio pelas  janelas de teus olhos
Como se todos os campos da primavera
Estivessem dentro de teu coração
Nossas flores brotam na calada da noite
As pétalas são abrigos das mãos
Agora que tanto inflama essa saudade
Buscamos os velhos momentos que se renovam
Na senda preciosa da memoria
Como o chuvisco das nuvens timidas
Que regam os capinzais pregados nos montes
Somos dois e um só coração
Que se acharam nas ruas da vida
Num olhar de tesouros revelados
Inclinamos nossas faces
O rosto meu encostado no teu
Recolhendo nosso tempo que espalhou-se
Pelos corredores da eternidade

Clavio Juvenal Jacinto



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