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quarta-feira, 9 de março de 2016

Caminho Antigo


Eu caminho pelo espaço da vida
Em ruas seladas em nevoas
Relvas adormecidas nos braços
De quem celebra o amor
Como as águias do fim do mundo
Prossigo entre os ramos das estrelas
Num desejo de ver o vento
Tomar das sobras o alento
Os restos mortais da existência

Eu caminho no sossego
Entre ermos e palácios rústicos
Nas trincheiras empoeiradas do memoria
Como um rio derretido
Sugando da fonte a secura
Prossigo como um ente ensolarado
Nas ruas antigas, e descalço
Clamando por uma nova chance
De sorver o cálice das minhas antiguidade


Clavio Juvenal Jacinto

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