Minha mente é oficina fechada
Flores e parafusos entre arames
As rodas do tempo invertem meu ser
Como engrenagens abandonadas
A hélice dos ventos gira devagar
As folhas de alface dançam alegres
Eu ouço o barulho dos motores do coração
A marcha sonora da alma guerreira
As ruelas caídas estampam o chão
Os fios de cobre conduzem as seivas
Aquele rio que percorre o fio da respiração
Ondas magnéticas carregadas de vaidades
Procuro uma caneta entre lençóis de lata
Uma abrigo entre as chapas de bronze
O silencio sopra pelos combustíveis polidas
Os metais protegem as paredes do sentimento
Mas preciso acordar, voltar para o lado de cá
Preciso desligar-me das sendas imaginarias
Porque se sonhar é tão doce quanto açúcar
Viver é tão duro quanto as laminas de aço
Clavio Juvenal Jacinto
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