Entre lírios e caminhos,
Afago perfumes, aromas soltos:
Os campos, as flores nostálgicas,
O intrépido das chuvas de verão.
Minha alma vaga e tão
trágica
Que chora em mármores e açafrão.
Caminhos obsoletos da infância,
O ermo de uma nau do sertão,
Riachos arenosos na minha respiração.
Olho firme as conchas
marítimas,
O véu que parece algodão de morangos,
O verde ácido do limão.
Encenações e colóquios,
Monólogos do coração ferido
Neste campo silvestre e colorido.
Dores em minhas mãos,
O ouro polido,
Chapéu de palha,
Orquestra lusitana.
Meus sonhos transpassados de
espinhos,
Minhas palavras num pergaminho,
Flores descalças em meus sapatos.
O fim do mundo.
C. J. Jacinto


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