O Vale de Ossos Secos
Ossos secos sem vida
Separados
Silencio do vale da quietude
Sossegados
Grãos de morte em plenitude
Semeados
Ossos secos sem vida
Ressequidos
Sem nervuras e gemidos
Ossos exilados sem sepulcros
Jardim sem flores descanso de paz
Poeira que jaz
Fim do porto das batalhas
Um cais
Ossos secos cores nubladas
Minadas no sopro da calma
cadáveres sem alma
Cena estranha e calafrios
O fervor da calma
Soldados secos
Náufragos nus de carne
Insepultos da areia
Ossos secos ouvem a trombeta
Não é um vento e nem tormento
É um ímpeto de poder de vida
Um sopro de hálito celestial
Um grande ruído de ossos
Colossal
O mortal
Revestindo-se de vitalidade
Tão grande e portentosa paisagem
A vida emerge de tal aragem!
Firmai os pés no chão abatido da dó
A ressurreição das partículas do pó
Confusão barulho e transtorno
Vidas que morreram e retornam
O Senhor dá a vida
Ordena ou condena
Ele sopra sobre poeira de ossos
Faz a vida brotar desse fosso
O profeta profetizou
Revestido de autoridade celeste
De poder se reveste
É vestido com um manto de glória
Tragada foi a morte pela vitória
Ressurreição dos mortos
Ressurreição de uma nação
A grandeza da elevada conquista
A imortalidade que reluz
Não é obra de uma razão humanista
Mas de uma obra consumada na cruz
CJJ
0 comentários:
Postar um comentário