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quinta-feira, 11 de maio de 2023

Vale de Ossos Secos

O Vale de Ossos Secos

 

 

 

Ossos secos sem vida

Separados

Silencio do vale da quietude

Sossegados

Grãos de morte em plenitude

Semeados

 

Ossos secos sem vida

Ressequidos

Sem nervuras e gemidos

Ossos exilados sem sepulcros

Jardim sem flores descanso de paz

Poeira que jaz

Fim do porto das batalhas

Um cais

 

Ossos secos cores nubladas

Minadas no sopro da calma

cadáveres sem alma

Cena estranha e calafrios

O fervor da calma

Soldados secos

Náufragos nus de carne

Insepultos da areia

 

Ossos secos ouvem a trombeta

Não é um vento e nem tormento

É um ímpeto de poder de vida

Um sopro de hálito celestial

Um grande ruído de ossos

Colossal

O mortal

Revestindo-se de vitalidade 

 

Tão grande e portentosa paisagem

A vida emerge de tal aragem!

 

Firmai os pés no chão abatido da dó

A ressurreição das partículas do pó

Confusão barulho e transtorno

Vidas que morreram e retornam

O Senhor dá a vida

Ordena ou condena

Ele sopra sobre poeira de ossos

Faz a vida brotar desse fosso

 

O profeta profetizou

Revestido de autoridade celeste

De poder se reveste

É vestido com um manto de glória

Tragada foi a morte pela vitória

Ressurreição dos mortos

Ressurreição de uma nação

 

A grandeza da elevada conquista

A imortalidade que reluz

Não é obra de uma razão humanista

Mas de uma obra consumada na cruz

 

CJJ

 

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