(Dores do Amanhã)
Debulha dos meus secos olhos
Congeladas lágrimas alucinantes
Como se um pêsames do pesadelo
Fosse semeado o labor constante
Lá no fundo da minha alma tem
Sementes sonâmbulas de tantas dores
Guardiães do império de meus sofrimentos
Pois da seara das aflições
Colherei o pão de minhas amarguras
Tomarei o cálice do abatimento
Serei por fim tremulo homem
Que abraçou a batalha mais urgente
Que forjou a vida mais além
No fértil âmago da estiagem
Onde do sulco penetrou o alicerce
Da minha tímida coragem
CJJ
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