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sábado, 27 de maio de 2023

Presença

 


Nas sombras desse vale

De tantos enganos e desencantos

Vai alma tranquila,

Nos gritos de tais espantos

Porque temer os hostis perigos?

Prossegue intacto

Cristo é contigo


CJJ

Bendito

 


Dá-me Senhor

Refrigerios da eternidade

Todos os aromas da redenção

Todos os perfumes das promessas

As doçuras da salvação

O alento do Teu perdão

Pois no rio da vida descansrei

Seguirei a Ti Cordeiro

Nos teus passos em puro amor

Pois a felicidade em Ti está

Bendito Salvador


CJJ

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Descanso Infinito


Brisas profundas e rosas perfumadas

Glória e majestade no céu

Cetro de justiça e equidade

Eu descanso em Ti

Como as nuvens que repousam 

Nas montanhas

Depois da chuva vem o alento

Tua Palavra é meu alimento

Tu és de eternidade á eternidade

E sustentas meu pobre coração

Que tanto almeja chegar lá


CJJ


ÁTRIOS

 


Nada  abala o coração

Que descansa nos átrios da Tua presença

E, como sustentas

Toda imensidão do infinito

Tambem levarás pra sempre a minha alma

Totalmente para  TI Senhor.


CJJ

segunda-feira, 22 de maio de 2023

Primavera e Outono

 




As flores me levam a um lugar onde há suave descanso e encontro,
Lá, a beleza da paisagem faz com que a minha alma chore.
O amor e a paz tomam  forma num abraço tão profundo,
Sorrisos eternos flutuam na brisa que me ilumina mais.
Entre as árvores verdejantes, gotejam  bálsamos de esperança, Estou sentindo a primavera suave carregando meus sonhos na alma serena de um perfume de outono

 

CJJ

Direção da Vida


O orvalho cai silenciosamente na relva

Pétalas de rosas irrigadas nos campos

As chuvas caem nas montanhas

Rios que deslizam para o oceano

Nessa vida tudo corre e escoa

A nossa direção é viver

Correndo ao encontro da eternidade

Que Ele pela graça nos dá 

 

CJJ


Oficina de Nuvens

 


Oficina de     Nuvens

 

Não choveu durante todo o inverno, um mistério quase indecifrável, não encontramos nuvens no céu, todo o infinito de um canto a outro é azul, um profundo azul que foge de nossos olhos, e a noite cada estrela dança livremente. Brilham como filhotes de fogo perambulando pelo oceano silêncioso do céu noturno. Nesse mundo místico as ervas gemem, mas não conseguem chorar flores, a estação árida impede a oblação das águas. As fontes estão vazias, tão vazias quanto o firmamento sem fundo, onde os vestidos das galáxias estão ausentes, esse amontoado infinito de algodão flutuante, que absorve a alma dos oceanos e derrama sobre a terra como uma criança chorando por sentir a ausência dos pais foi recolhido do céu, serviço temporário de Serafins,  que com engrenagens invisíveis conseguem arrastar até às mais distantes estrelas do céu. Atrás de uma cadeia de montanhas mais ao norte da terra dos prados, um aglomerado de nuvens repousam num pequeno vale, entre dois rios que se cruzam com águas cristalinas e campos de flores silvestres. Meia dúzia de homens em uniformes amarelos trabalham dia e noite para reparar nuvens quebradas ou que apresentam problemas de mecânica celestial.  Tal é a profissão piedosa daqueles homens encerrados num tarefa de concertar as engrenagens quebradas das nuvens que transportam as férteis águas do firmamento para irrigar os campos e as florestas e o movimento cíclico das águas. A imensa responsabilidade de cada homem daquela oficina fantástica a manter as engrenagens funcionando, me chamou a atenção, principalmente aquele homem de quase quatro metros de altura pintando uma Nimbus de cinza com tonalidades bem escuras, no mesmo local um anão de óculos azulados explicava para outro anão que quando as engrenagens das nuvens se desencaixam produzem estrondos e soltam faíscas despertando a fúria dos ventos Adormecidos nos cumes dos montes, é a harmonia das coisas silenciosas que se rompem produzindo tremores eólicos. Outra nuvem retorcida pelo vento repousava lentamente na oficina, era um Cumulonimbus, avariada pela quantidade enorme de granizo que carregava sobrecarregada, rompia suas margens espalhando granizo pelos vales. Dois homens de quase três metros descarregaram a nuvem avariada para em seguida fazer os reparos necessários, remendar as partes rasgadas para logo recarregá-las e enviá-las para o Pólo Norte. Noite e dia, as atividades nunca eram suspensas, nuvens do mundo todo chegavam para serem consertadas, ao longe podiam ser observados os lampejos das soldas nas nuvens mais avariadas,  o barulho de trovões , eram comuns, ecos que atravessavam as montanhas e assustavam a noite. Pareciam motores em testes, misturados com homens cantando até às profundezas da madrugada músicas orquestradas para assustar o sono manter os mecânicos acordados em meio a tantas tarefas a serem realizadas.
Uma nuvem iridescente desce lentamente em um dos galpões sem tetos, feitos na medida para receberem nuvens avariadas, é uma Nacreous, filhas de auroras boreais, peregrinas nórdicas estrelas flutuantes no oceano atmosférico. Meia dúzia de anciãos estavam à espera dela, um dos anciãos faziam encenações com os braços, como se desse a Nacreous todas as orientações de pouso. Adiante, a arte celeste em campo aberto estendidas sobre a relva a formação de uma  Kelvin-Helmholtz. Era algo pré-histórico, acústico e fenomenal, ondas ou ganchos para apanhar os anéis de Saturno ou qualquer estrela errante peregrinando nos caminhos sagrados da ascensão. O corpo místico das rosas e seus espinhos ondulados como um mar revolto  buscando um berço nórdico para descansar no silêncio sacro de um céu acrílico incrustados de rubis e gemas acesas. Havia também um galpão para manutenção de nuvens médias como a  Altostratus, nesse recinto, as nuvens recebiam as engrenagens novas quando rompidas pelos ventos e temporais. Nada poderia ser tão belo naquela atividade barulhenta de lidar com nuvens quebradas,  afinal de contas, as nuvens são sonhos libertos que flutuam além da nossa admiração. Num magnífico entardecer elas estão lá no alto , pintadas de brasas vermelhas numa imensidão azul que pouco a pouco vai cedendo ao mar escuro por onde navegam as mais distantes estrelas e a lua repousa numa peregrinação oscilante como se fosse uma laranja untada de lágrimas nostálgicas. Lá estão nossos heróis envolvidos na tarefa de manter as nuvens correndo no espaço sagrado da nossa existência, permitindo que as nuvens levem chuvas e sombras em todos os lugares para garantir a irrigação dos campos e o descanso dos peregrinos da terra. Sem descanso, noite e dia, lá estão os homens a trabalharem na manutenção épica dessas massas polidas de algodão singelo, como ilhas flutuantes no oceano cósmico da atmosfera terrestre,  levando aos mais distantes recônditos do mundo as chuvas e colorindo os céus de outono com uma tintura pálida de cinza um branco cor de véu e absorvendo o fogo solar para ornar o firmamento de um áureo esplendor na alma do amanhecer e do anoitecer, e nós pobres mortais perdoamos todo o barulho mecânico daquelas oficinas porque amamos contar as nuvens e armazená-las na nossa memória para carregá-las para o mundo de nossos sonhos.



C. J. Jacinto

sexta-feira, 19 de maio de 2023

Não se Engane com a Vida Cor de Rosa

 A vida é uma rosa

Com  muitos perfumes de alegria

Que desabrocha em magnitude e beleza

E tem dentro de si há a loucura

Requintes de intensidades

De espinhos de sofrimentos 



C. J. Jacinto


Rio de Deus

No oceano da misericórdia divina

Infinita é a profundidade

Aguas da vida eterna

Desde o infinito do Seu amor

Nesse mar bendito

Mergulhamos em oração

E ninguém morre afogado nele

Quanto mais profundo

Mais vida haverá

 

 

Clavio J. Jacinto

quarta-feira, 17 de maio de 2023

Glória do Amanhecer


 Meu cálice transborda em Ti

Vida derramastes em mim

Tu és meu amparo eterno

Senhor da mina existência

Tu me guias pela eternidade

Pelos caminhos da felicidade infinita

Transportas a minha alma

Pelos recônditos e refugio do amor

Em Ti tenho descanso

Como a noite que após a alva

Adormece na glória do amanhecer


CJJ

Entrega

 


Derramarei meu coração

Numa entrega absoluta ao Senhor

Como pedra bruta

Que precisa ser lapidada

Pois o quebrar dele

Provocam frestas necessárias

Para que a semente 

Das virtudes de Cristo

Germinem dentro de mim

 

 

CJJ

Descanso

 


Descanso (Augustus Toplady)

 

De onde vem esse medo e incredulidade?
O Pai não lamentou
Seu Filho imaculado por mim?
E o justo Juiz dos homens
me condenará por aquela dívida de pecado
Que, Senhor, foi cobrado de ti?

Completa expiação tu fizeste,
E até o último centavo pagou
o que teu povo devia;
Como então pode ocorrer ira contra mim
Se protegido em tua justiça,
E aspergido com teu sangue?

Se obtiveste minha quitação,
E livremente em meu quarto suportou
Toda a cólera divina,
Deus não pode exigir pagamento duas vezes —
Primeiro pela sangrenta mão do Fiador,
E então novamente pela minha.

Volte-se então, minha alma, para o teu descanso!
Os méritos de teu grande Sumo Sacerdote
Compraram tua liberdade;
Confie em seu sangue eficaz,
nem tema seu banimento de Deus, uma
vez que Jesus morreu por ti.

Amém!

 

domingo, 14 de maio de 2023

Amor


Já não sinto a mim

Por passadas tristezas

Minha alma distante

Em ternas saudades

Vendo meu coração

Palpitar por tanto amor

Pois o que resta viver

Viverei em Ti somente

Na esperança acima da dor


CJJ

sábado, 13 de maio de 2023

Miséricórdia

 


Assim como a primavera

Dá todas as flores

E todas as flores dão

Todos os perfumes e aromas

Assim como a doçura do mel

É o labor de todas as abelhas

O outono destila todos os sabores

Assim também a minha alma

Por Ti Senhor tem bendita afeição

Pois é a minha terna alegria

Apreciar a Tua eterna misericórdia

 

C. J. Jacinto

quinta-feira, 11 de maio de 2023

Vale de Ossos Secos

O Vale de Ossos Secos

 

 

 

Ossos secos sem vida

Separados

Silencio do vale da quietude

Sossegados

Grãos de morte em plenitude

Semeados

 

Ossos secos sem vida

Ressequidos

Sem nervuras e gemidos

Ossos exilados sem sepulcros

Jardim sem flores descanso de paz

Poeira que jaz

Fim do porto das batalhas

Um cais

 

Ossos secos cores nubladas

Minadas no sopro da calma

cadáveres sem alma

Cena estranha e calafrios

O fervor da calma

Soldados secos

Náufragos nus de carne

Insepultos da areia

 

Ossos secos ouvem a trombeta

Não é um vento e nem tormento

É um ímpeto de poder de vida

Um sopro de hálito celestial

Um grande ruído de ossos

Colossal

O mortal

Revestindo-se de vitalidade 

 

Tão grande e portentosa paisagem

A vida emerge de tal aragem!

 

Firmai os pés no chão abatido da dó

A ressurreição das partículas do pó

Confusão barulho e transtorno

Vidas que morreram e retornam

O Senhor dá a vida

Ordena ou condena

Ele sopra sobre poeira de ossos

Faz a vida brotar desse fosso

 

O profeta profetizou

Revestido de autoridade celeste

De poder se reveste

É vestido com um manto de glória

Tragada foi a morte pela vitória

Ressurreição dos mortos

Ressurreição de uma nação

 

A grandeza da elevada conquista

A imortalidade que reluz

Não é obra de uma razão humanista

Mas de uma obra consumada na cruz

 

CJJ