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terça-feira, 9 de agosto de 2022

Visão do Trono

 

 

Distantes caem os pêndulos da noite

Um mausoléu de lembranças arcaicas

Dissolve-se em Símbolos de recordações

O coração lateja a fluência calma

Gotas de fé em cores que arvoram tênues

Por entre as vagas campinas do amor

Ali onde o Calvário de nossas antiguidades

Dissolvem-se entre os ruídos de dores

Como a chama tremula da vida que se apaga

No tenaz escuro que brada holocausto e fumaça

Onde repousa o pórtico de minha alma

Na doce graça

Ai de mim que nos ínfimos da vergonha

Não retrocede e nem mesmo se acanha

Mas vai correndo a afronta da minha discórdia

Indigno, porém quebrantado até o trono

Da eterna misericórdia.

 


CJJ

 

 

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