Pages

sábado, 19 de outubro de 2019

Meu Site com Livros Grátis



Visite minha pagina

www.heresiolandia.blogspot.com.br


Livros, mensagens, pensamentos, pregações, tudo gratis

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

JÓ NÃO OPTOU PELO SUICIDIO


JÓ NÃO OPTOU PELO SUICIDIO


Eu preciso ler o livro de Jó periodicamente, a história desse patriarca revela as profundezas da amargura de um homem, é o limite só superado pelo Calvário. Jó ultrapassou todas as fronteiras da amargura, bebeu todos os cálices das aflições, foi ferido no mais profundo do seu ser, ele desceu a casa dos vermes, e fez a sua habitação no mais desprezível monturo. Ele mesmo declarou ter fartura de amarguras (Jó 9:18) ele reclama sentido o aço frio da dor aguda no seu coração “Os dias da aflição se apoderaram de mim”(Jó 30:16) muitos testificaram dele: “Sua dor era muito grande” (Jó 2:13) A provação de Jó era o ápice da dor, o cume do sofrimento, o vale da amargura o abismo do desespero. Eu ainda ouço o grito, o lamento e todos os gemidos de Jó, quando leio a sua história. Ele navegou muito tempo pelo mar das lagrimas mas não naufraga nas profundezas do desespero. Pelo contrario, ele grita “Prova-me e sairei como o ouro”(Jó 23:10). Agora, deixe me dizer algo, mesmo convivendo lado a lado com a mais assombrosa amargura, mesmo beijando os lábios do mais intenso tormento, mesmo convivendo face a face com a mais terrível dor, Jó não procura o caminho do suicídio. Essa não é a sua alternativa, na sua cosmovisão não há espaço para ela. Ele pode ter sido tentado a isso, a esquecer Deus e render-se a morte, mas ele não permite tal coisa. Ele trilha a senda de espinhos que perfura toda a sua alma, mas a esperança nunca vazou pelas feridas abertas pelas tribulações que teve que suportar. É isso! Muitos precisam ouvir isso. Diante da mais intensa escuridão que queria se apossar da sua alma e obscurecer seu pobre coração, ele grita, no oceano acido de todas as dores mais profundas, as suas palavras ecoaram até os confins da plenitude dos tempos (Gálatas 4:4) “eu sei que o meu redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra”(Jó 19:25). Jó espera em Deus, corre para os braços da graça, experimenta a agridoce espiritualidade de esperança intensa com amargura profunda, e deixa um legado: Sobrevivente de todas as tribulações. O livro de Jó é mais que poesia, é a luz consoladora que aponta o caminho do mais nobre heroísmo, a fervorosa convicção de uma devoção a Deus em meio as turbulências da vida, fazem o duro aço das aflições se derreterem, e do arado que rasga a alma humana, o Senhor semeia as mais lindas flores que adornam a entrada do Paraíso. (Clavio J. Jacinto)


terça-feira, 15 de outubro de 2019

Frutos do Eterno Amor

Olhei para o campo e notei o esplendor das arvores, um dia cada uma delas já foi uma pequena semente que germinou. Aquela semente tinha em si todas as virtudes das flores e dos frutos. Tudo isso envolve um processo lento de paciência que se alonga ao tempo. A elaboração do extraordinário precisa do tempo prolongado. O brado de uma arvore são suas flores, as respostas que ela dá ao tempo, são seus frutos. Assim também é o amor, como uma semente, germina e progride, cresce, floresce e frutifica, e quanto mais o tempo passa, mais produz. Acontece que o amor é uma virtude eterna. Paulo fala sobre o que permanece, a fé a esperança e o ultimo, o maior é o amor. O tempo passa o amor não. Ele não se desgasta e não enfraquece, mas frutifica desde o intimo do poder que dele emana nessa delicada expansão para a eternidade desde o tempo presente, as expressões do amor são por demais valiosas e delicadas, mas na doçura dessa permanente frutificação, sobressaem as três: a gratidão a benignidade e a fidelidade, e por elas se expressarem numa alma, encontramos os sinais evidentes de que ela está no verdadeiro amor



Clavio J. Jacinto

A Criança e o Abutre


A Criança e o Abutre


Quem das ressonâncias da brandura geme?
Não é essa pacóvia mordente a imagem do pobre infante?
Ah! Que anjo puro jaz nessa tão feroz fome mordaz
Nos campestres ermos do longínquo Sudão
Nas vestes fluidas de peles plácidas desditas
Nas condolências amargas dessa reverberação
Quais vítreos flagelos nos olhos da maquina fotográfica
No porto errante dos mares do Hades a dulcitura
No grito lacerante e o abutre dos “ais” nessa tórrida agrura
E brada tal anjo que o paraíso é a brevidade
A claudicância na doçura e a náusea da fome a crueldade
Nas cordas frouxas dessa íngreme mendicância
Das calamidades do tosco jardim da inocência
Quais omissos dos palácios  surdos e dos reis cegos
A tumba com seus ossos o brado altissonante
Dos ruídos do estomago tal voz tão retumbante
Pois que os pães na mesa da fartura ainda falecem
Quando crianças boquiabertas morrem de fome.



CJJ 



segunda-feira, 14 de outubro de 2019

DURAS LIÇÕES

AS DURAS LIÇÕES QUE APRENDI NOS ÚLTIMOS ANOS.

(1)
Não negocie o seu caráter pela conveniência, porque se fazendo as coisas certas muitos não te respeitam, quanto mais se te inclinares a relativizar a própria reputação.

(2)
Em tempos de bonança  os falsos profetas se alegram e os verdadeiros choram, em dias de apostasia os falsos ganham aplausos e os verdadeiros cisternas, e quando as coisas pioram os falsos ganham mais popularidade e os verdadeiros a reclusão. E nisso consiste saber onde você se encontra agora.

(3)
Não perca tempo discutindo com pessoas insensatas,  cada vez que uma delas aparecer na sua vida, corra para um bom livro e leia-o, porque você ganha muito mais com essa atitude.

(4)
Quando as pessoas te ofenderem perdoe, quando falarem mal de ti, perdoe, quando te desprezarem, perdoe, e sempre  continue perdoando, sempre e sempre, se um dia te sentires cansado de perdoar, então estás declinando para a apostasia, teu retorno ao primeiro amor deve ser imediato.

(5)
Quando tudo parece dar errado, saiba que as coisas erradas que aconteceram com José contribuíram para que os propósitos de Deus fossem alcançados de maneira totalmente certa, Deus está no controle absoluto de quem confia totalmente nEle.

(6)
Você não mede a  verdadeira espiritualidade de uma pessoa contando o tempo que ele ocupa encima de um púlpito, mas o tempo que Ele permanece no quarto secreto na presença de  Deus.

(7)
As vezes Deus permite que espinhos acompanhem o florescer para a frutificação, porque é o espinho que confere se ainda temos lagrimas para derramar, sangue para o martírio e se há sensibilidade para entendermos com seriedade a dimensão do prazer do céu e o sofrimento do inferno.

(8)
Se você quiser andar pelo caminho estreito, esqueça a multidão, mas se você quiser andar com a multidão, então esqueça o caminho estreito.

(9)
Enquanto você permanecer crucificado com Cristo, vai haver expectores que zombam, outros que desprezam, outros ainda que ofendem, a historia de Cristo será a tua historia: pouca gente ao lado da cruz pra chorar  e consolar.

Clavio J. Jacinto

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Resto do Tempo



Quando a tarde adormece com o crocitar dos corvos
As vastas folhas que caíram serão distúrbios lacrimais
Vi  a chuva posca e fria  regar a terra de outros finados
Nos beijos de outras frases incrustadas num ermo que jaz

Quem vela por essas sombras que vem chegando?
Num tom cinzento de fumaças em campos secos e banais
Porque da tumba gélida os sonhos grandes repousam
Que anseios lindos replicam que não retornam mais

O que mais se faz na vida e belo sentido tão mais elevado
Nas catapultas que arremessam o espanto mais fugaz
Pois das idas da vida sem sentido ao lugar mais fúnebre
Entranhas e vísceras imaginarias, e do susto da morte se refaz

Aquela pequena centelha de esperança que se acende
Num relâmpago tão medonho que a fragilidade ribombou
Eis o colapso trêmulo que da futilidade se desprende
Agora vivo  intensamente cada dia a mais que me restou...



Clavio J. Jacinto

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Sonâmbulos Orvalhos


Sonâmbulos Orvalhos


Caindo do telhado das nuvens desamparadas, nas fendas dessa noite de todas minhas palavras adormecidas, o orvalho vem em doce queda até minha face corada de saudades vazias. Sou espectro nas águas geladas que reflete as súbitas peregrinações das nuances da lua cheia.

Quem me dera às pontes de minhas lembranças cruzassem os horizontes que ligam o presente e o passado, então abraçaria a ternura daqueles sorrisos que nunca foram forçados, mas que vieram de um pequeno coração inocente nas fontes da minha longínqua infância.

Mas amanheceu no meu mundo novo, sem arca e sem Noé, só o dilúvio de todas as lembranças misturadas com angustias e essas paginas de um pergaminho tingido de lagrimas sonâmbulas, mas que das rosas dessas tempestades, desses lírios que nascem nos córregos, vieram as canções de meu “adeus”

Como  as dores torrenciais nessa terra de devastações, como nevoa que de espanto corre para as colinas de mil ânsias e clamores que escoam por montanhas afora, desfaço meus lamentos , os laços congelados desses argumentos, entro no casulo e na despedida clamo: ( vou indo embora)


Clavio J. Jacinto


















sábado, 5 de outubro de 2019

Cálamo




Em laços de ternura te amei
Vós que me perdestes no tempo
Naquele passado que os sonhos eram tranquilos
Pois em turbilhões de sorrisos
Havia muitos choros escondidos nas inquietações
Onde a guerra fria congelava nossos risos
Como nevascas em relvas rastejantes
Ali mesmo repousava todas nossas aspirações

Eram anos de turbulências acidas
Como torvelinhos dançando em medos suspensos
Nossos olhos cansados precisavam de êxtase
Então cantávamos em tardes de domingo
Onde as nossas tristezas fugiam
Para se esconderem nas montanhas mais altas
No cimo de nossos ideais de juventude

Mas os laços desataram na brevidade
Soltas as ânsias de minhas dores
O  infante foi embora para sempre
Com as paginas do passado fugiram
E eu aqui danço com a alma na chuva
Sorrindo para os sonhos fantasmas
Pois eles nunca deixaram de existir pra mim
Ainda que mortos estejam pra essa vida


terça-feira, 1 de outubro de 2019

A Semente


                 
                                   
Desprende da arvore
A  semente frágil  depois da primavera
Abre os braços ao sopro intenso dos mares
Brisa marítima a carrega com ímpeto aos desertos
Mas ela não deseja repousar na areia febril
Bate os braços e em asas imaginarias e flutua mais alto
O sopro das águas, ventos tropicais as levam aos cimos
Entre fendas de pedras bate de rosto e lapada violenta
Seus dedos agarram a terra das brechas,
Feridas das pedras
E ali mergulha num sepulcro inseguro e inóspito
Chega a tempestade mais pavorosa e as lagrimas das nuvens
Dilaceram a sua dormência e ela desperta em germinação
Ali mesmo os tentáculos do amor penetram nas profundezas
Nascerá uma arvore de cume,
 A truculência da firmeza mais severa
Depois de guerrear muitas vezes com as tempestades
Digladia-se com furacões e trovões até  vencê-los,
Vem o nobre artesão das águas bravas e a corta
Pois ela de madeira nobre
Será o casco que protege o navio mercante...


Clavio J. Jacinto