O vento carrega as nuvens paras os montes
Nevoas que escorrem pela relva da noite
Realce do mistério do amanhecer do cais
Como fugas de tentáculos de severas saudades
Que apertam a alma na
agonia
Até que caia sem vida nessa lapide fria
Os pássaros cantos e me dá outros calafrios
Como nas vésperas de ano velho, depois que passam
Nas caladas do tempo que se quebram na praia da vida
Quais vias de rostos enrugados, leitos das lágrimas
Que apertam o coração nessa lapide fria
Até que caiam sombras das lembranças de tal agonia
Quando os póstumos círculos desse vicio se quebra
Num retumbante sopro do coração cansado
Quando as lamentações empoçam na rua solitária
Nas calamidades de todos os faustos desejos
Redobro meus colossais gritos de vozes na lamuria
Para fazer ressoar do peito a frieza dessas carpiduras.
Clavio J. Jacinto
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