quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
Pródigo e Errante
I
O pródigo partiu, levou consigo seu pobre coração
A alma saturada de desventuras, fel adormecido
Longe, na sequidão da consciência, pensamento infértil
II
O prodigo devasso, enfatuado, largou a proteção paterna
Num saquitel levou as moedas do coração vazio
Numa festa coroou seu egoismo, liberdade entrincheirada
III
O prodigo cavou um covil, pra em vão pelejar a solidão
Nele, um sepulcro em si mesmo, a fome da saudade do afeto
Prostrou-se diante dos suínos, lambeu a lama, corado chorou
IV
O prodigo foi atingido pelo lampejo da vergonha luminosa
pensou e levantou-se, albardou a sua alma e foi embora
Afetos paternos, metafisicas consolações, consciência restaurada.
Clavio Jacinto
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