Erguestes os teus braços inúteis ao céu
Torre de tijolos, cidade pérfida de Babel
Na confusão de quem semeia tantas desigualdades
As penúrias de tuas ultimas palavras e muitas ofensas
Em impias calamidades e vasto orgulho erguestes
Tão dura quanto o aço da torre Eiffel é a teimosia
As flores mais mortas e o réu entulho de teu pó
Tu que queria usurpar as estrelas e os castiçais
O universo está entrelaçado no fio de um filamento
És a torre que escurece em sombras na noite vazia
Riscos indecifráveis com betume e argamassa fria
Incitastes a peleja humana na comunidade oca
Como uma nau ferida tocando a alma dos fundamentos
Caístes babel! Como um papel transmutado em lixo
Como mistura de palavras, uma vara ceifada sem dó, derrubada
Ficastes corada, prostrada na tua própria decepção
Pois o vinho do pecado te embriagou nas ruínas
Ai de nós, mortais tão antigos e breves contaminados
Austeros deformados, na perdição do lucro de teus vicios
Teus tijolos são letras e teus murmúrios frases sem nexos
Não tens poemas exótico, só palavras confusas
Fizestes sufrágio pra naufragar tuas escolhas
Numa confusão de línguas e cambulhada de letras
Um não entendeu a mixórdia do outro desordenado
Para o chão seguiste em perpetuo sono mortal
Para criar nos reinos, eterno conflito desalmado...
Clavio J. Jacinto
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