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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

No Inverno As Estrelas Brilham Mais

É frio lá fora na vida
O vento uivante, canta uma canção sombria
As agulhas dos pinheiros perfuram a terra
Formigas se escondem nas folhas secas
Vem as nuvens, alma de todas as sombras
Cantando essa turva chuva, áspides de granizo
Pra ferir todas as dores da minha sensação

É frio dentro de mim
O sopro glacial me dá sorrisos rígidos
Minha alma trêmula, se assusta em prantos
Como se estivesse dentro da divina comédia
Vem as chuvas torrenciais sem piedade
Lavam as carpideiras sem choros
Até que o silencio confirme o repouso do medo

É frio o meu coração congelado
As nevoas beijaram meu rosto pálido
Meu ser se espraia e se aquece na luz da espera
Um fogo arde em chamas pra matar a saudade
Pálidas   brechas surgem em meus olhos
Me desbraveço, santa tranquilidade e brava paz
Descobri que na fria noite, as estrelas brilham mais.


Clavio J. Jacinto

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