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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

As Névoas e a Sombra da Cruz



Por onde vou nesse caminho
Onde a sombra da cruz
Segue meus passos
Na jornada vou entre os lírios

Se a noite chega em sossego
Eu sigo os passos do mestre
Entre vales e o Calvário
A luz acesa no tabernáculo

As névoas chegam na aurora
A noite o véu da escuridão
Entre as lampadas da noite
O fulgor da estrela da manhã

Eis eu, por entre pedras, peregrinar
Na via solitária do deserto
Na pobreza da fraqueza de seguir
Até chegar aos pórticos celestes

Em tantas lágrimas recolhidas
Espinhos que me abrem feridas
Sinto a mão de DEUS
segurando minha alma sofrida

Sou a palha da estrebaria
A tabua e a telha envelhecida
Mas dentro desse pobre coração
Cristo também resolveu nascer


Clavio J. Jacinto

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