Por onde vou nesse caminho
Onde a sombra da cruz
Segue meus passos
Na jornada vou entre os lírios
Se a noite chega em sossego
Eu sigo os passos do mestre
Entre vales e o Calvário
A luz acesa no tabernáculo
As névoas chegam na aurora
A noite o véu da escuridão
Entre as lampadas da noite
O fulgor da estrela da manhã
Eis eu, por entre pedras, peregrinar
Na via solitária do deserto
Na pobreza da fraqueza de seguir
Até chegar aos pórticos celestes
Em tantas lágrimas recolhidas
Espinhos que me abrem feridas
Sinto a mão de DEUS
segurando minha alma sofrida
Sou a palha da estrebaria
A tabua e a telha envelhecida
Mas dentro desse pobre coração
Cristo também resolveu nascer
Clavio J. Jacinto
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