Enfeitam a entrada da dor
Com espinhos calejam a alma
Com perfumes, acalentam o pavor
Os homens espavoridos
Se assustam com a vida que finda
As flores no féretro adormecem
O susto aumenta ainda
Murchando as pétalas que morrem
Com as vaidades do homem terreno
Cai no sulco semente dos sonhos
Num placido vácuo terreno
É vão pobre homem, teu orgulho
Não adianta enfeitar tuas quimeras
Porque flores no tumulo de um morto
Não faz da morte uma primavera
Vão é teu caminhar egoísta
Nebuloso, de materialismo vazio
Como viesse nu ao mundo
Nu desceras ao além frio
Se queres viver em sabedoria
Sem vacuidades e obras desordenadas
Vai ama teu próximo com toda ousadia
Reparte teus bens com quem nada tem
Clavio J. Jacinto
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