segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
O POMAR DE ESTRELAS
O céu é um campo
Não há centeio mas centelhas
Não pão, mas poemas
O céu noturno é um pomar
Não há frutos
mas frases invisíveis
é o leito dos poetas
A rua dos sonhadores
O caminho de todos os mistérios
O céu é sem medidas
é incompreensivel em seus enigmas
A vastidão revela quem somos
Entes completamente limitados
Não podemos ir além de nossos olhos
Não podemos ir além da nossa alma
Porque toda a grandeza desse pomar
é mais puro que uma noite de luar
Enxergamos a timidez das estrelas
Cavamos com o coração o infinito
Tentamos abrir brechas com o pensamento
Mas somos tão efêmeros
Somos neblinas dessa imensidão
NA leveza da ousadia e brevidade do conhecer
Tão pequeno é o entendimento
fagulhas diante de todos o cosmos
Somos como relâmpagos nesse pomar
Colhedores de esperanças
Iluminados por um fio condutor de fé
Somos seres na brevidade
Tentando ocupar o pomar
Colher o fruto de todas as certezas
Mas tudo vai tão rápido
Então nada mais resta,
Senão acreditar que depois os olhos se fecharem
E, não pudermos enxergar esse pomar
Nossos olhos se abrirão novamente
Pra contemplar um jardim
CLAVIO J JACINTO
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