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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

As chuvas



As chuvas chegam
Como ancoras presas na janela
Nosso rosto no vidro da vida
No limiar das sombras
Desse verão livre

Como é bom aventurar-se
Nos cativos livros dessas gotas
Molhando o rosto do tempo
Nós apenas erguemos os olhos
Como estrelas sem destino

Quando as chuvas chegam
As cordas do vento se amarram
O coração se desata
Choramos juntos um lamento
Nós e as nuvens


CLAVIO JUVENAL JACINTO

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