Caminhos e ventos
Se me encontro em estradas
Onde desabrocham finitas fagulhas
Onde minha face resplandece feliz
Por simplesmente ser
Como as libélulas que voam na vida
Pássaros de palha inertes nas pedras
Luzes da cidade de névoas
Recanto de vozes esculpidas no silencio
Tal como as naves de gelo
Enaltecidas pela lua cheia
Rasgando o semblante da noite caída
Pousando no céu estrelado dos pensamentos
Assim vou, ser breve e contínuo
Como sombra de arvores dos bosques lapidados
Por vergões de ventos cortantes
Que dançam como as luzes embriagadas na dor
Me encontro na jornada do âmago
Desfazendo todas as lâmpadas vazias
E eu mesmo, como uma folha no relento
Entrego-me ao sopro, que me leva ao todo sempre...
Clavio J. Jacinto
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