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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Invernais



Invernais


Quando o frio transpassa as Campinas
Pelas fendas da penha invade o lugar
Apaga o fogo do amor
Nasce o abrolho da indiferença
A maldita erva da tirania do egoísmo

Quando esse mundo subterrâneo se ergue
Entre as almas e os corações dos ilustres
Dissipa os elos de frágeis alianças com o bem
O homem não sabe na verdade a quem deve servir

Outrora ergue os ideais mas elevados
E ainda a pouco se envolve com as mais sutis ideologias
Não é dono de si mesmo
Mas escravo daquilo que se convence.

Quando o gelo desse sopro
Hálito das profundezas do homem desesperado
Invadem os campos que foram revertidos
Em fortalezas para nossos sonhos,

O mais temível frio corroi nosso coração
Como laminas de espadas de guerras
Como ventos com faces de navalhas
Ou como espaços presos no fundo de uma garrafa.

Ah, doce amor que se apaga;
Que com a tirania não se amalgama
Vem depressa acender mais a luz
Dar mais cor ao nosso mundo sombrio

Porque muitos homens se omitem a ter um fogo
Aceso entre a mente e o coração
Para dar esperança aos que esperam
Para dar encontro aos que buscam



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