No silencio daquelas horas de solidão
Quando a memória se agita como oceano sem fundo
No ermo trágico das fontes do nosso mundo
Surgem naus sem leme: nossas lembranças
Dos museus das nuvens carregadas e cinzentas
Vestes de chuvas sobrevoam nas tormentas
Sementes de saudades caindo no coração
Germinam as ervas das saudades nesse frio chão
As ondas lançam prantos á praia
Até o atol dos fardos de areia a minha dor
Com tão pesadas saudades em prantos mares
Minha saudade agonizante nos meus altares
Ah, então a chuva cresce e vai embora
Chorando intrépida sai correndo mundo afora
E eu fico vendo à tarde da luz ensolarada
Libertei a saudade, não sinto mais nada.
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