Quando ferido for o coração e entrares no porto dos prantos
Como as fontes que borbulham em foz de lamentos
Ah! que em consolo, descem também os ventos
Nas mais sublimes rosas vivas em seus recantos
Que une a vida em voz alegre e tais intentos
Como erva rasteira que floresce por eternos momentos
Num véu de saudades que em paz portanto
Veste as feridas com o balsamo dos combatentes
Que de amor a cura da alma efervescente
Adorna o coração piedoso que aquecido é mais santo
Constrói a esperança e a fé do penitente
Pra dar forças a alma e na vida seguir em frente
Das bolhas e perfumes da primavera, o teu manto
Acalma a alma da insonia que segue carente
Do amor eterno que pulsa no fundo de tanta gente
Esse desejo de viver o amor que cresce enquanto
Cultivas as virtudes raras e mais transcendentes
Dessas que as perolas encrustam no bendizente
É forte essa cura da alma que jaz agora contanto,
Segue forte com a fé bem mais potente
Pois que na vida vence quem dá as mãos ao carente
Quando ferido foi no coração, mas saiu do porto dos prantos
(Clavio J. Jacinto)
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