Que desamparo minha pobre alma sofria
Que incertezas em mim sombras assombravam
Quando o medo batia na porta da triste vida
Eu pobre pecador, no desespero me escondia
Que pobre alma, como dolo e tanta vergonha
Em laços de iniqüidade, que me atormentavam
A dor infiel de tantas
iniqüidades me machucavam
Nessa condição de alma suja terrível e medonha
Em fel de amarguras meu coração jazia
Angustias que cercavam minhas pobres crenças
Fardos de superstições e meros logros de desavenças
Nos açoites de vis pecados tanta tortura sentia
Mas a luz da santa misericórdia pra mim brilhou
Desse evangelho de tão grande e graciosa salvação
Balsamo precioso para meu pobre machucado coração
Verdade que das densas trevas horríveis me libertou
Hoje sirvo a Cristo meu santo e mui fiel redentor
Fonte de minha preciosa e mais doce esperança
Amo a Deus nessa tão bendita
e afável confiança
Descanso em Cristo, meu
eterno e Santo Salvador
(Clavio J. Jacinto)