Ouvi o rio e as chuvas
As flores desabrocham no campo
Os pássaros cantam no entardecer
Nas montanhas nascem as fontes
O jardim é guardão dos perfumes
Dizem que as flores morrem e se secam
Nunca mais retornam
As colinas verdejantes não creem nisso
Depois que a alma do ermo adormece
A vida sem cores se estabelece
Como sombras de fabulas noturnas
Mas um dia a primavera vem radiante
Como aquela noite ao eco da tarde
Faz desabrochar novamente todas as estrelas.
Clavio J. Jacinto
quarta-feira, 27 de setembro de 2017
segunda-feira, 25 de setembro de 2017
Profeta Solitario
O dia vai chegando ao fim
Entre flores e o jardim da noite
Abrimos um caminho de estrelas
No instante e no momento
Tecemos um traje de sonhos
As águas desse luar
São choros aconchegantes
Que aliviam o fogo da saudade
Como o perfume da hortelã
Que crava a essência na alna
Mias um dia vai embora
Me arrasta para o fundo da existencia
Como conchas moldando perolas
Eu sou profeta e assumo
A solidão carente entre tantos viventes.
Clavio J. Jacinto
Amor e Felicidade
Um coração que carrega um amor debilitado
é incapaz de ser herói
Não tem coragem de sofrer um sacrifício
Um coração que carrega um amor fraco
Não vence o proprio egoismo
Não se interessa pela pratica altruísmo
O coração que carrega um amor pequeno
Tem que suportar o próprio fardo
De viver uma vida completamente vazia.
O coração que sustenta um grande amor
É capaz de experimentar uma grande felicidade
Clavio J. Jacinto
Amor Aceso
Inevitavel será a escuridão da indiferença
Se não alimentarmos dia apos dia
O fogo incandescente do verdadeiro amor.
Clavio J. Jacinto
O Cais das Constelações
Que de infinito nada penso
Se os mares dessas sombras chegam
Em ímpetos de sopros ao incerto
Como as montanhas descascadas ao pudor
Naus de luzes em noites tranquilas
Astros que brilham na dança do espectro
Barcos de Veneza em águas escuras
O véu da imensidão aos meus olhos
De visão carcomida pelas limitações
Num velho monturo, a semente incerta
Estou eu contemplando
Nesse breve momento que se chama vida
Esperando o próximo retorno
Daquela triste partida ao infinito
Onde eu e minha alma seguimos
Desde o cais desse porto sem águas..
CJJ
sexta-feira, 22 de setembro de 2017
Absinto e Mel
Meus cálices transbordam de sonhos
A estação do outono abundou em frutos
Nesse mar de açúcar mascavo
Sou eu mesmo, nas aventuras da vida
Misturando o amargo com o doce
O absinto e o mel
Para fazer germinar nas planícies da existência
A felicidade dos outros.
Clavio J. Jcinto
O Sólido imaginário
Teve um menino, a ideia mais doida
Imaginar-se borboleta e voar
Sobre flores e escombros da vida, repousar
Subir em cumes e andar sobre os sonhos
Um menino que quer tocar o intocavel
Aquece estrelas e andar na superfície do passado
Como grãos ardentes, incendeia-se nos ventos
Alvorecer das águas maculadas pelo desejo
Teve o menino uma ideia livre
Viver mil sonhos e tocar em algum
Na branda brasa da imaginação real
Acender as lampadas da vida e ir embora
Menino vira homem e não se esquece
Daquele mundo épico de infância
Por mais que o tempo dissolva o passado
A saudade torna-se uma cicatriz eterna
Clavio J. Jacinto
quinta-feira, 21 de setembro de 2017
Eternos Sonhos da Ultima Aurora
Eternos Sonhos da Ultima Aurora
Nas naves do
esquecimento viajo
Num mundo profundo de ventos que cantam
No limiar da imaginação e todos meus sonhos
Nas gotas dos sorrisos que incendeiam a alma
Que épico é esse distante mundo sem ninguém
Feito de folhas de cipestres e essência de morangos
A alma da tarde e o berço de todas as estrelas
Somente eu mergulho nessas fontes da noite
Como um beijo que adoça a alma do matrimonio
Uma canção que faz o espírito ficar suspenso
Entre o coração e véu imaginário
A tarde de todas as mais benditas consolações
Porque minha vida, por quê?
Nesse ultimo jardim, florescem todas as rosas?
Como se a violência dos náufragos gemessem
Numa agonia de ser a eterna primavera
Sou seu pobre humano, entre as sombras
Esperando a aniquilação de todas as tristezas
Pra que em ceia de noites glorificadas
Meu amanhecer repouse nas matizes da áurea esperança
Clavio J. Jacinto
quarta-feira, 20 de setembro de 2017
Espantalhos de Pepinais
Curva-te alma nesse pó morto e composto
Como as dedicações de um sacrifício de tolo
As quimeras de uma amor esquecido
Que meu coração bobo acreditou
Desgastei meus sapatos na estrada dessa paixão
Como leito de rio morto esperando aguaceiros
Flores falidas na primavera de um eterno ermo
A fagulha acesa da fogueira do ultimo inverno
Aqui no campo, as
rudes ervas brotam
Bonecos de pano são guardiães dos pepinais
Vou embora desse triste e pálido lamento
Um vazio frio precisa ser preenchido
Até o por do sol da vida enfrentei a triste noite
Em solida solidão e minhas amargas decepções
Até chegar ao frescor da manhã e a bendita luz
Quando a Alva fez despertar-me desse meu pesadelo
Bendita é a Estrela
da Manhã
Clavio J. Jacinto
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
Lapidação
A vida em dor é uma lapidação
Da ideia e alma bruta, a joia rara
Um processo e uns gemidos
Do fundo da alma em terra
Vem a superfície ao joalheiro, essas mãos
Com o pendulo de um relógio, o tempo
De pensamento bruto, a iluminação
Do sofrimento, o refugio das dores
Vai alguns outros retornam
Os covardes não sofrem a lapidação
]Conformam-se em adormecer em uma
Lapide...
CJJ
segunda-feira, 11 de setembro de 2017
Alicerce da Fé
O cristão precisa viver alicerçado no amor, fortalecido na graça de Deus e perseverante na fé que uma vez foi dada aos santos
Clavio J. Jacinto
Alicerce da Fé
O cristão precisa viver alicerçado no amor, fortalecido na graça de Deus e perseverante na fé que uma vez foi dada aos santos
Clavio J. Jacinto
Sofrer
Hoje sofri a calunia
Sofri o insulto
Sofri a má noticia
Hoje sofri a perda de todas as coisas
Sofri o desprezo
Sofri a mentira
Não sou orfão
Se chamaram ao Pai de familia
De belzebu
Quanto mais aos seus domesticos...
CJJ
Profundidade
Pelo caminho do silencio
Encontramos as palavras preciosas
A profundidade da ausencia
Tambem é a profundidade do amor
Clavio J. Jacinto
Brevidade
Os pássaros cantam
As folhas caem
O vento sopra
As flores desabrocham
O tempo é um ensaio perpetuo
de brevidades...
Clavio J. Jacinto
As folhas caem
O vento sopra
As flores desabrocham
O tempo é um ensaio perpetuo
de brevidades...
Clavio J. Jacinto
segunda-feira, 4 de setembro de 2017
Fé e Esperança
Caminhar acreditando nos mais preciosos sonhos é muito importante, mas o essencial da Esperança é sustentado pela fé em Deus
Clavio J. Jacinto
A PÁLIDA NOITE
Pálida é a noite, mãe de todos os sustos
Coberta de mistérios e insetos voadores
O orvalho que cai é um doce medo
Uma criança corre ao seu esconderijo
peregrinos dormem em seus andrajos
adormecem no silencio do claustro da luz
Uma ponta de estrela chega a terra
Até a sombra do muro caído de Berlim
Mariposas se embriagam com um fanal, as lamapadas
No bosque há túmulos de dias mortos
Ouço o grito da noite, lobos ferozes
O silencio é um descanso e o fim do mundo...
Clavio Jacinto
Coberta de mistérios e insetos voadores
O orvalho que cai é um doce medo
Uma criança corre ao seu esconderijo
peregrinos dormem em seus andrajos
adormecem no silencio do claustro da luz
Uma ponta de estrela chega a terra
Até a sombra do muro caído de Berlim
Mariposas se embriagam com um fanal, as lamapadas
No bosque há túmulos de dias mortos
Ouço o grito da noite, lobos ferozes
O silencio é um descanso e o fim do mundo...
Clavio Jacinto