Se ontem meu vil duro coração frio
Sem nada a não ser no gelo, pairava
Numa estação sem vida, que retinha
Todas as flamulas mortas no silencio
Eu quebrado entre pedras, sonhava
Na sentença de um réu que chorava
A lapide desse vaso e a envergadura
Que coração seco, oh coisa tão dura
Mas dentro de mim, um tanto brotou
Semente de amor, lá em si germinou
No fundo do poço, do meu vil coração
Jardim de cores vivas, em mim brotou
Laço da ternura que tanto desabrochou
No profundo ser, na minha imensidão
Clavio J. Jacinto
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