Pages

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

A SOLIDÃO DO AUTOMATO


A chuva cai silenciosa no jardim
As estrelas brilham sem chorar
As flores desabrocham em liberdade
As lampadas da praça estão acesas
Um homem caminha só na noite
Entre as águas que movem o tempo
Um suspiro de alma solitária
Um banco e muitas arvores
Um fardo de tantos pensamentos
Um ser imaginário
Atormentado por todas as ausências
Como se o mar do esquecimento 
Fosse uma eterna herança
Logo a noite findará
As estrelas escondidas irão embora
Será um amanhecer chuvoso
As montanhas foram irrigadas 
A neblina tímida esconde a face delas
E o homem automato
Toma seu chapéu molhado
Seu manto de lamentações
Prossegue a jornada da vida
Indo de encontro aos mais surpreendentes
Anseios de sua pobre alma faminta
Achar um sentido pra sua vida
Abandonar o sacrifício de toda a sua solidão

Clavio Juvenal Jacinto

0 comentários:

Postar um comentário