Sou livre e como livro aberto
Sou palavras e pensamentos certos
Sou poesia por dentro e anonimo por fora
Sou alma que chegou e vai embora
Sou o rosto perdido de alguém
O dono de mim mesmo e um zé ninguém
Sou a leve liberdade que transporta
O que se esquece e o que me importa
Sou apenas marido, filho e pai
Homem que vem e criança que vai
Sou breve, bravo e irmão
Desesperado e pacifico da contramão
Sou só homem, e metade de gente
Feliz com o azar, e com a sorte contente
Escrevo penso e fico imaginando
Enquanto as luzes dos olhos vão se apagando
Quanta dor e alivio estou sentido
Sou naufrago da ilha, vou embora, e já estou indo
Clavio J. Jacinto
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